Na 5ª série, saí da escola Henrique
Bertolucci e fui para o colégio São José, um colégio particular católico. Ia a
pé por causa do horário: saía de casa às cinco horas da manhã e caminhava da
Vila Independência até a Rua Bandeirante em divisa com a Rua Antônio Alves. No
horário em que tinha que sair de casa não passava ônibus, só passava na hora em
que voltava da escola. Naquele tempo só havia uma linha: Independência – Vila
Ipiranga.
A estrada de terra para a escola parecia não ter mais fim. Conhecia como a palma da minha mão o lugar onde morava. Era um lugar tranqüilo, sem nenhum movimento, o que dava a impressão de ser uma estrada infinita. Em contraste com o ambiente desértico, minha escola era muito movimentada, tinha diversos amigos e até um paquerinha.
Naquela época a escola era outra, as matérias eram diversificadas: Francês, Latim, Desenho Geométrico, Trabalhos Manuais, Educação Oral, Religião e Etiqueta (bons costumes como: saber usar os talheres, como se portar à mesa etc).
A escola era ótima e eu era muito boa aluna. Meu pai decidiu me colocar no semi-internato, só voltava para dormir na casa de minhas tias.
No entanto, a escola não era tão livre como hoje, o respeito ao professor era praticamente obrigatório, pois as punições eram muito mais severas: palmatória, ajoelhar no milho, ir para o canto da sala e ficar exposta a diversos outros tipos de castigos.
Hoje percebo que muitos dos lugares que vieram a minha memória nesse texto foram modificados: as ruas foram asfaltadas; onde não havia nada foram construídas várias casas, prédios e condomínios e os ônibus passam o tempo todo. Algumas construções de antigamente ainda permanecem no percurso da escola, e até mesmo a própria escola, que hoje é bastante diferente do que era na minha época.
Essas lembranças que guardo com carinho mostram-me que muitas coisas mudam em muito pouco tempo: o ambiente em que se vive e como as pessoas se sentem em relação às transformações desses ambientes.
A estrada de terra para a escola parecia não ter mais fim. Conhecia como a palma da minha mão o lugar onde morava. Era um lugar tranqüilo, sem nenhum movimento, o que dava a impressão de ser uma estrada infinita. Em contraste com o ambiente desértico, minha escola era muito movimentada, tinha diversos amigos e até um paquerinha.
Naquela época a escola era outra, as matérias eram diversificadas: Francês, Latim, Desenho Geométrico, Trabalhos Manuais, Educação Oral, Religião e Etiqueta (bons costumes como: saber usar os talheres, como se portar à mesa etc).
A escola era ótima e eu era muito boa aluna. Meu pai decidiu me colocar no semi-internato, só voltava para dormir na casa de minhas tias.
No entanto, a escola não era tão livre como hoje, o respeito ao professor era praticamente obrigatório, pois as punições eram muito mais severas: palmatória, ajoelhar no milho, ir para o canto da sala e ficar exposta a diversos outros tipos de castigos.
Hoje percebo que muitos dos lugares que vieram a minha memória nesse texto foram modificados: as ruas foram asfaltadas; onde não havia nada foram construídas várias casas, prédios e condomínios e os ônibus passam o tempo todo. Algumas construções de antigamente ainda permanecem no percurso da escola, e até mesmo a própria escola, que hoje é bastante diferente do que era na minha época.
Essas lembranças que guardo com carinho mostram-me que muitas coisas mudam em muito pouco tempo: o ambiente em que se vive e como as pessoas se sentem em relação às transformações desses ambientes.
